A cena é conhecida: o cliente pesquisa, compara, coloca no carrinho e vai direto para o checkout. Tudo certo… até o pagamento ser recusado. Fim de jogo? Nem sempre. Mas em plena Black Friday, cada transação perdida pode representar não só perda de receita, mas também a ruína de meses de planejamento.

O que pouca gente percebe é que boa parte dos motivos de recusa na Black Friday são reversíveis. Só que, sem visibilidade e estrutura, o que poderia ser uma venda vira apenas mais um número no relatório de perdas.

Se você trabalha com pagamentos digitais, especialmente em datas de pico como a Black Friday, precisa conhecer os principais códigos de recusa e o que eles significam no jogo da conversão.

1. fraud_suspect – quando o zelo atrapalha

Um dos códigos mais traiçoeiros do mundo dos pagamentos. Aqui, o problema não é o cliente, nem o emissor, nem o valor. É a suspeita de fraude.

E muitas vezes, essa suspeita é infundada. O que acontece é um excesso de rigidez nos filtros antifraude, que bloqueiam transações legítimas por padrões fora do “comum”. Durante a Black Friday, com volumes atípicos e perfis novos de compradores, essa recusa dispara.

Imagine perder vendas porque sua própria defesa está te sabotando?

2. bad_request / generic – erros que ninguém viu

Esses códigos representam falhas técnicas. Em termos simples: a transação foi mal montada.

Pode ser um dado mal formatado, um campo obrigatório que não foi enviado ou uma requisição que não bate com o que o provedor espera. O pior? São erros silenciosos. Muitos passam despercebidos até o time de pagamentos mergulhar nos logs — e isso, claro, quando tem logs disponíveis.

Em datas de alto volume, esses erros se multiplicam. E o custo é direto na conversão.

3. denied_reason_not_available – recusa sem explicação

Esse aqui é o clássico “não sei o que aconteceu, mas deu ruim”. É quando o provedor não retorna nenhuma razão específica para a recusa.

Na prática, o sistema não oferece visibilidade suficiente para que o time técnico possa agir. Fica tudo no escuro. Isso é péssimo para quem precisa tomar decisões rápidas durante um pico de vendas.

Sem dados, não tem ação. Sem ação, não tem recuperação. E adivinha? Venda perdida.

4. issuer_funds – será que não tinha saldo mesmo?

À primeira vista, esse é simples: o cliente não tinha saldo ou limite.

Mas não é tão preto no branco assim. Durante a Black Friday, é comum que emissores adotem políticas mais conservadoras, limitem compras por valor, região ou frequência. Às vezes o cliente tem o limite, mas o banco não libera.

Resultado: a transação morre com um código de fundos insuficientes — que, muitas vezes, não corresponde à realidade.

5. invalid_credentials – erro humano (ou técnico)

Esse é vergonhoso, mas acontece nas melhores famílias.

invalid_credentials significa que a autenticação com o provedor falhou. Pode ser token expirado, credencial mal configurada ou endpoint incorreto. Tudo isso poderia ser evitado com processos mais robustos.

Mas em cenários com múltiplos PSPs, provedores e APIs diferentes, esses erros são mais comuns do que se imagina. E o prejuízo é sempre o mesmo: perda de receita e uma conversão que afunda.

Como resolver os motivos de recusa na Black friday? retentativas + orquestração de pagamentos

Se você chegou até aqui, já percebeu: os motivos de recusa na Black friday são diversos — e os que listamos neste post têm algo em comum: são passíveis de retentativa.

Seja por suspeita de fraude, erro técnico, ausência de explicação, bloqueio por fundo ou credenciais inválidas, é possível reprocessar essas transações com uma abordagem mais estratégica. Mas para que isso funcione de verdade, é necessário contar com uma infraestrutura moderna, que permita retentativas configuráveis e flexibilidade de escolha na jornada do pagamento. E é aqui que entra a Malga.

O que é orquestração de pagamentos?

Na Malga, a orquestração de pagamentos é uma camada que permite ao cliente integrar diferentes provedores — como gateways, adquirentes, antifraudes e serviços auxiliares — em uma única infraestrutura unificada. Mas o mais importante: é o cliente quem define o fluxo. Afinal, quem conhece o negócio é o cliente — e a Malga oferece as ferramentas para que ele construa lógicas inteligentes com base nas suas próprias estratégias, testes A/B e preferências de rota.

E a retentativa, como funciona na Malga?

A retentativa de pagamento é um mecanismo que permite reprocessar automaticamente uma transação que foi recusada, de acordo com regras definidas pelo cliente. Isso inclui:

• Tentar novamente no mesmo provedor com parâmetros diferentes;
• Enviar a transação para outro PSP ou adquirente;
• Modificar o comportamento com base em regras de negócio personalizadas;
• Combinar tentativas com outras camadas, como antifraude e tokenização.

Por que isso faz diferença na Black Friday?

Porque na Black Friday, o volume de transações dispara e a margem de erro fica minúscula. Um erro de credencial, um antifraude muito restritivo ou um PSP sobrecarregado podem derrubar sua conversão de forma silenciosa.

Com a infraestrutura da Malga, você pode:

• Definir lógicas de fallback com base nos códigos de recusa recebidos;
• Criar fluxos distintos por tipo de produto, canal ou perfil de usuário;
• Orquestrar retentativas específicas para determinados erros técnicos ou operacionais;
• Avaliar a performance de cada rota ou provedor com visibilidade total.

Tudo isso sem precisar alterar sua lógica de negócio internamente: a Malga centraliza a gestão e reduz o tempo de desenvolvimento, oferecendo autonomia total ao time técnico para reagir rápido às dinâmicas do mercado.

Retentativa não é mágica — é controle

A ideia de que retentativa inteligente significa “tentar de novo com mais sorte” não poderia estar mais equivocada.

Na prática, com a Malga, retentativa significa ter controle total sobre como, quando e por que tentar novamente. Isso pode incluir:

• Reenvio com dados ajustados, como campos obrigatórios e formatos esperados pelo provedor;
• Mudança de rota, enviando a tentativa a um provedor alternativo;
• Divisão do valor da compra (split de pagamento);
• Tokenização para reduzir fricção em novas tentativas;
• Regras antifraude personalizadas, que equilibrem segurança e conversão.

Tudo isso programado e gerenciado no seu fluxo de pagamento, com a lógica e os critérios que fazem sentido para o seu negócio.

Sem orquestração, sua Black Friday pode ser um caos disfarçado de sucesso

Você pode ter fila no site, cliques no anúncio e carrinhos cheios. Mas se seu sistema não está preparado para lidar com os verdadeiros desafios do checkout, está só comemorando métricas de vaidade.

Conversão é o que separa marketing de resultado.

E pagamento é onde a conversão morre ou acontece.

Sua stack de pagamentos está pronta para a Black Friday?

Se a resposta não for um “sim” seguro, é hora de repensar a infraestrutura. A boa notícia? A Malga te ajuda a identificar gargalos, corrigir falhas e implementar uma orquestração de pagamentos que realmente faz diferença no resultado final.

Quer saber como funciona na prática?

Perguntas frequentes (FAQ)

1. Todos os motivos de recusa na Black friday são passíveis de retentativa?
Sim. A maioria dos códigos permite pelo menos uma retentativa, desde que com parâmetros ajustados e lógica inteligente.

2. Como saber se estou perdendo vendas por erro de pagamento?
Com uma plataforma de orquestração que oferece visibilidade total dos códigos de erro, é possível identificar onde e por que a conversão está morrendo.

3. Preciso de vários PSPs para orquestrar pagamentos?
Não necessariamente, mas quanto mais opções, mais caminhos. A orquestração permite aproveitar o melhor de cada provedor e maximizar a performance geral.

4. Retentativa pode prejudicar a experiência do usuário?
Pelo contrário. Quando feita de forma inteligente e automática, a retentativa acontece sem que o cliente perceba — e a venda acontece com menos fricção.