Se o seu checkout fosse um tabuleiro de xadrez, quem seriam as peças mais estratégicas? No mundo dos pagamentos, adquirentes e subadquirentes assumem esse papel. Ambos estão por trás das jogadas que determinam se uma transação será aprovada, quanto ela vai custar e o quão escalável é sua operação.
Mas nem toda jogada é óbvia. Por isso, vamos destrinchar — sem enrolação — qual é a diferença entre adquirente e subadquirente e como essa escolha impacta diretamente o seu negócio.
O que você você vai ver por aqui
O que é adquirência, afinal?
Adquirência é a estrutura que conecta o estabelecimento comercial às bandeiras (como Visa, Mastercard, etc.) e aos emissores dos cartões. Os adquirentes são responsáveis pelo credenciamento de lojistas, validação das transações e comunicação com todo o ecossistema de pagamento.
Por serem regulados diretamente pelo Banco Central, precisam passar por uma série de certificações, manter garantias de liquidez e investir pesado em segurança e conformidade.
Isso dá poder de fogo: controle completo sobre taxas, precificação e performance. Mas também exige tempo, dinheiro e estrutura para sustentar essa operação.
👉 Exemplos de adquirentes: Cielo, Rede, Getnet.
E o que é subadquirência?
Subadquirência é o modelo onde a empresa se conecta a um adquirente já estabelecido, sem necessidade de fazer integração direta com bandeiras nem ter autorização do Bacen como instituição de pagamento.
O subadquirente realiza o credenciamento dos lojistas e intermedia o processo, adicionando funcionalidades como antifraude, split de pagamento, conciliação e tokenização — tudo isso plugado à adquirente.
É uma forma rápida de entrar no mercado com estrutura pronta, mas com custo adicional no MDR (afinal, agora há dois players ganhando: o adquirente e o sub).
👉 Exemplos de subadquirentes: Pagar.me, Zoop, Mercado Pago, alguns clientes white label com backoffice financeiro próprio.
Diferença entre Adquirente e Subadquirente
Na tabela abaixo você vai conferir a diferença entre Adquirente e Subadquirente.
Critério | Adquirente | Subadquirente |
Conexão com bandeiras | Direta | Indireta, via adquirente |
Regulação | Precisa de autorização do Bacen + certificações rigorosas | Autorização das bandeiras e regras do arranjo de pagamento |
Controle e autonomia | Total controle sobre tarifas, bandeiras e pricing | Controle parcial, limitado à estrutura do adquirente |
Custo (MDR) | Menor, pois não há intermediário adicional | Maior, pois inclui a margem do subadquirente |
Tempo de implementação | Lento: requer estrutura, certificação e integração | Rápido: plug-and-play com adquirente |
Indicado para | Operações de grande porte, que querem escalar com margem | Plataformas, marketplaces e quem quer ir ao mercado rapidamente |
Como isso impacta sua operação?
A escolha entre adquirente e subadquirente afeta diretamente três pilares da sua operação de pagamentos:
1. Custo por transação
Com uma sub no meio do caminho, o MDR tende a ser mais alto, já que ela repassa os custos da adquirente e ainda adiciona sua margem. Se o seu negócio tem alta recorrência ou volume transacional relevante, esse impacto cresce exponencialmente.
2. Controle e flexibilidade
Adquirentes dão mais liberdade para customizar tarifas, ter múltiplas bandeiras e controlar o fluxo completo da transação. Mas exigem muito mais responsabilidade — principalmente com segurança, risco e conformidade regulatória.
Já uma subadquirente resolve isso para você, mas em troca você fica dentro do “ambiente dela”, com limitações de rota, política de aprovação e repasse de taxas.
3. Velocidade e complexidade de implementação
Quer operar em poucos dias, com onboarding rápido e antifraude plugado? Vá de sub.
Quer construir uma operação robusta, com precificação ajustada e maior autonomia? Prepare-se para o trabalho de uma adquirente.
Qual o impacto real no seu fluxo de pagamentos?
Pensa no seguinte: cada transação online passa por um fluxo com múltiplos agentes — gateway, sub, adquirente, bandeira, banco emissor. Cada um desses participantes pode interferir na aprovação (ou recusa) e no custo final.
Na prática, quanto mais agentes, maior a complexidade e os custos. Um subadquirente, por exemplo, além de repassar o custo do adquirente, ainda embute o seu markup pela gestão da operação.
Por outro lado, ele pode oferecer vantagens que um adquirente isolado não entrega — como onboarding simplificado, proteção antifraude embutida, tokenização inteligente e um fluxo de aprovação mais bem ajustado.
Qual modelo faz mais sentido para você?
Já uma empresa que opta por ser adquirente precisa montar toda a estrutura do zero, mas ganha liberdade para otimizar cada centavo da transação.
A resposta curta: depende.
🔸 Subadquirência é ideal se você precisa ir ao mercado rápido, com um modelo já validado, e quer terceirizar risco, compliance e integração.
🔸 Adquirência é o caminho se você tem volume, quer mais margem e controle, e está disposto a investir para operar no centro do ecossistema de pagamentos.
🔸 E ainda existe um terceiro modelo: operar como plataforma white label, usando a infraestrutura de uma sub ou adquirente por trás, mas sem ser formalmente nenhum dos dois. Pode funcionar, mas tem limites operacionais e de escalabilidade.
Quem está movendo suas peças?
A estratégia de pagamento do seu negócio está te levando para o xeque-mate ou só fazendo movimentos seguros, mas inofensivos?
Escolher entre adquirente e subadquirente não é só questão de custo — é uma decisão que define a escalabilidade, performance e margem da sua operação.
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